segunda-feira, 31 de outubro de 2011

GRITOS MUDOS


Pela esperança iludido,

Nos sonhos perdido.

O mundo é preto e cinzento,

E eu de nada de novo acrescento.



Muitos não compreendem esta beleza,

A que dou o nome de tristeza.

E eu digo com a noção da realidade,

Ela torna-se na minha felicidade.



Sentimentos opostos,

Que por alguém me foram impostos.

Onde o horrível é belo e,

O belo é horrível.



Sou a alma da negação,

Aquela que faz a sua própria destruição.

As trevas sob mim caíram,

Os portões celestiais para mim nunca se abriram.



Sou um ser isolado,

Que a vida tem magoado.

Oh vida que nos meus lábios puseste o sabor do amargo,

Diz-me quando pela tua maldade vou ser abandonado?



Fazes de mim o errante,

Onde a dúvida é constante.

Por tua culpa apelei à morte,

E da faca já não sinto o corte.



Os meus gritos de ajuda são mudos,

E os espinhos no meu caminho são cada vez mais agudos.

Onde anda deus que me deixa passar por isto?

Será que ele sabe que eu existo?

2 comentários:

  1. :(
    Sabe seguramente, Tiago. Deu-lhe esse talento imenso, em progressão diária, que está esplendoroso neste poema. Beijo. Ana

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  2. Belíssimo....adorei!!Parabéns Tiago!! Beijos de um lindo final de tarde!!Eliane Pesarini

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