terça-feira, 11 de outubro de 2011

Desabafo




Chega a noite

Chega o pensamento.

Mais um dia passou,

E o sossego não chegou,

Dura realidade,

De não querer encarar a verdade,

Farto de viver na obscuridade,

Infeliz por não encontrar a claridade,

Temo estar a perder a sanidade,

Sinto-me a cair na insanidade.

Pesadelo sem fim,

Oh deusa porque me fazes viver assim?

Vivo e escrevo sobre este drama,

Que só a mim me engana.

Deixa-me dizer-te:

Eu sou o anjo que do céu caiu,

Que da felicidade não desistiu.

Não entendo a tua antipatia,

Mas também não te peço simpatia.

Peço dos teus caprichos distância.

Só me dás tristeza,

Fazes dela a minha franqueza.

Eu fiz dela o meu vicio,

Mas esta na altura de combater o seu domínio.

Não me podes condenar!

De ti me querer libertar,

Do teu letal veneno  querer salvar-me,

De em ti eu mesmo querer encontrar-me.

Este pesadelo quero abandonar,

O sonho quero abraçar.

Quem te apelidou de deusa do amor?

Não serás antes a deusa do terror?

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