Sentes a minha presença doce e fria?
Depois de dormir tanto tempo,
Acordo de novo mergulhado na mais pura melâncolia.
Nem no meu repouso fui esquecido pelo tormento.
Ansiosamente aqui estou eu à espera do momento,
Maldita doença que me consome,
Em que possa pôr um fim a este sentimento.
Ao meu lado sem dar por nada a esperança dorme.
A flor da alegria nunca desabrochou,
Será que vai ser sempre assim?
Oh deusa a flor que dizes ser do éden murchou!
Até tenho medo de te perguntar o que tens reservado para
mim!
Por mais acompanhado que esteja sinto-me cada vez mais
sozinho,
Será que estou condenado a solidão?
Oh deusa porque me dificultas tanto o caminho?
Sinto-me perdido no meio desta imensa multidão.
Dá-me de novo a provar o teu veneno,
Entranha em mim o seu amargo sabor,
Uma vez pelo menos vive comigo em pleno.
Mas a tua vontade em mim não queiras impor!
Quando a tempestade amainar,
A bonança sei que
virá,
E eu pela saudade do disfórico vou uma vez mais chorar.
Porém o teu leal servo em nada intervirá.
Brilhante Tiago!!! Que nunca te falte a vontade de escrever, tens um dom precioso! Abraço.
ResponderEliminarCelso
Brilhante poema, Tiago! Um dos meus preferidos, sem dúvida.
ResponderEliminar"Ao meu lado sem dar por nada a esperança dorme." Verso belíssimo!, mas que espero deixe rapidamente de ser verdade.
Beijo,
Ana