Sou luz, sou escuridão,
De Vénus sou escrivão.
Sou fogo, sou gelo.
Sentado nesta pedra dura e fria,
Espero que a minha vida mude.
Porque vivo na ilusão, na contradição?
O meu erro foi abraçar a penumbra,
E de certa forma a “solidão”.
Cego pela tristeza,
Desprezei a alegria,
Agora vivo na utopia.
estranho sentimento este que me invade,
Que eu tento compreender.
O silêncio da minha consciência é constante,
Ausência acutilante,
Que da realidade me deixa distante,
Chorei um nome que tentei esquecer,
Mas esse nome teima em desaparecer,
Em tempos quis morrer,
Noutros intensamente viver.
Quando o silêncio me abandonar,
E a morte a ele se juntar,
E os meus olhos voltarem a brilhar,
O passado não vou querer recordar.
Porque recordar não é viver,
Recordar é morrer lentamente,
É da saudade
tornar-se dependente!
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