Diante da minha sepultura,
Não há flor que resista,
Só mesmo a solidão perdura,
Só recebo uma visita.
O sol desce,
A lua cresce.
E eu mais uma vez do meu descanso me levanto
E volto a tentar cessar o seu pranto.
Não adianta dizer-lhe sê forte!
Tenho de agir,
Talvez o som do meu violino a conforte.
Nem que para isso da eternidade tenha que desistir.
Não posso à sua desgraça ficar imune ,
Mesmo eu estando morto há algo que nos une.
E vê-la sofrer,
Faz a beleza deste jardim desaparecer.
Uma lágrima sua
É uma ferida que em mim se torna perpétua.
Oh senhor do submundo,
Leva-me de volta ao mundo,
Não peço anos mas sim um único dia
Para que naquele rosto eu possa por alegria.
Depois disso a minha alma podes levar,
Desde que me prometas que ela não voltará a chorar.
Se tal acontecer, eu vou do silêncio profundo vou regressar,
Para de ti me vingar,
E o teu trono ocupar,
E ai ao lado dela para todo o sempre vou poder caminhar,
E a sua beleza contemplar.
Sem comentários:
Enviar um comentário