segunda-feira, 17 de outubro de 2011

pesadelo!





Diante da minha sepultura,

Não há flor que resista,

Só mesmo a solidão perdura,

Só recebo uma visita.

O sol desce,

A lua cresce.

E eu mais uma vez do meu descanso me levanto

E volto a tentar cessar o seu pranto.

Não adianta dizer-lhe sê forte!

Tenho de agir,

Talvez o som do meu violino a conforte.

Nem que para isso da eternidade tenha que desistir.

Não posso à sua desgraça ficar imune ,

Mesmo eu estando morto há algo que nos une.

E vê-la sofrer,

Faz a beleza deste jardim desaparecer.

Uma lágrima sua

É uma ferida que em mim se torna perpétua.

Oh senhor do submundo,

Leva-me de volta ao mundo,

Não peço anos mas sim um único dia

Para que naquele rosto eu possa por alegria.

Depois disso a minha alma podes levar,

Desde que me prometas que ela não voltará a chorar.

Se tal acontecer, eu vou  do silêncio profundo vou regressar,

Para de ti me vingar,

E o teu trono ocupar,

E ai ao lado dela para todo o sempre vou poder caminhar,

E a sua beleza contemplar.




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