Oh anjo da morte,
Onde andas?
A ti me queixo,
Decerto já viste que não tenho sorte.
Pega na minha mão enquanto o mundo mortal deixo!
Abraça-me na eterna tranquilidade,
Castiga-me se necessário pelo meu pecado,
Acaba de vez com a minha dura realidade.
Só por ti posso ser abençoado.
Sente o meu coração enquanto ele está a parar,
Deixa a magoa preencher o meu vazio,
Ordena à dor para me vir consolar.
Faz-me cair deste precipício.
Não hesites em a minha vida de mortal ceifar,
Vê onde a crença no reino da “luz” me levou,
Elege-me a mim para na noite te acompanhar.
Não sejas como o “deus misericordioso” que me abandonou.
Oh doce morte, morte doce,
Tira-me desta tirania,
Peço desculpa por te fazer um pedido precoce.
Deita-me na minha sepultura escura e fria.
Faz de mim a alma penada,
Mesmo morto podes-me deixar na depressão,
Não me importo que seja essa a divida a ser saldada.
Contigo quero reinar na imensa “escuridão”.
Tal como tu também eu odeio os anjos celestiais,
Malditos seres que cravaram a minha alma no sofrimento,
Deles hei de me vingar juntamente com os ministros
infernais.
Oh morte ouve o meu lamento.
O “éden” não me seduz,
Lugar onde a mentira vai sempre imperar
Oh morte leva-me, não consigo mais carregar esta “cruz”.
Vem as lágrimas dos meus olhos limpar.
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