terça-feira, 25 de outubro de 2011

Oh doce morte, oh morte doce:


Oh anjo da morte,

Onde andas?

A ti me queixo,

Decerto já viste que não tenho sorte.

Pega na minha mão enquanto o mundo mortal deixo!



Abraça-me na eterna tranquilidade,

Castiga-me se necessário pelo meu pecado,

Acaba de vez com a minha dura realidade.

Só por ti posso ser abençoado.



Sente o meu coração enquanto ele está a parar,

Deixa a magoa preencher o meu vazio,

Ordena à dor para me vir consolar.

Faz-me cair deste precipício.



Não hesites em a minha vida de mortal ceifar,

Vê onde a crença no reino da “luz” me levou,

Elege-me a mim para na noite te acompanhar.

Não sejas como o “deus misericordioso” que me abandonou.





Oh doce morte, morte doce,

Tira-me desta tirania,

Peço desculpa por te fazer um pedido precoce.

Deita-me na minha sepultura escura e fria.



Faz de mim a alma penada,

Mesmo morto podes-me deixar na depressão,

Não me importo que seja essa a divida a ser saldada.

Contigo quero reinar na imensa “escuridão”.



Tal como tu também eu odeio os anjos celestiais,

Malditos seres que cravaram a minha alma no sofrimento,

Deles hei de me vingar juntamente com os ministros infernais.

Oh morte ouve o meu lamento.



O “éden” não me seduz,

Lugar onde a mentira vai sempre imperar

Oh morte leva-me, não consigo mais carregar esta “cruz”.

Vem as lágrimas dos meus olhos limpar.

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