Quero a misericórdia,
Quero apagar o passado da memória.
Dos deuses quero o ser eleito,
Quero ser o homem perfeito.
Quem sou eu, o que faço aqui?
Porque de noite choro por ti?
Afinal tu nunca quiseste saber de mim,
E desta estrada da dor não encontro o fim.
Faço de mim uma lastima,
Dos meus olhos escorre lágrima após lágrima.
Não sei qual o caminho que deva seguir,
Tão pouco como esta estranha sensação extinguir.
O meu nome no altar perverso dias sem fim crucifico,
Como de um fantoche se tratasse eu comigo mesmo brinco.
Com falsas promessas me iludi,
Uma vez mais nos meus jogos da mente cai.
Porque me condeno?
Porque tomo este veneno?
Escondo-me na sombra da harmonia,
Vivo em constante utopia.
Na vida sempre falhei,
Nada de bom em mim cultivei.
O lado negro da vida sempre adorei,
Vê Tiago onde cheguei!
Eis que outro Tiago responde:
És o teu próprio inimigo,
Quando devias ser o teu primeiro amigo.
Sei que a vida não é fácil,
Porém tu é que a tornas ainda mais difícil.
Não te julgas forte,
Por isso apelas à morte.
Fazes de ti o ser renegado,
Que pelos anjos da guarda foi abandonado.
De ti desenhas o auto-retrato de amaldiçoado,
Na verdade sabes que por muitos és adorado.
Compreendo a tua busca pela solidão,
Porém essa busca só endurece o teu mole coração.
Grande verdade, Tiago...
ResponderEliminarÀs vezes nos damos conta de que somos mesmo um de nossos maiores inimigos, se não o único!!
Parabéns, pelo texto!
Beijos!!
Magistral poema, Tiago! E passo a passo, as respostas a perfilarem-se. Escrita bendita... Parabéns, meu amigo.
ResponderEliminarBeijo.