Agora toda a gente pode ver quem sou,
Sou alguém que o néctar infernal provou,
Sou aquele que o mundo chocou.
Sou aquele que em príncipe a noite transformou.
Vejo o inferno no meu olhar,
Mais uma vez “deus” vem-me provocar,
Com falsas promessas vem-me aliciar,
Porém o seu ópio não vou tomar.
Oh “deus” porque não morres?
Porque a minha essência consomes?
A tua morte ao mundo fará bem,
Assim já não magoas ninguém.
Sou a alma que deixaste vazia,
De me vingar de ti não vejo o dia.
Fizeste de mim o anjo renegado,
Que pelas trevas foi abençoado.
Com o teu sangue hei-de de brindar,
Com a tua carne hei-de de me alimentar,
Vais pagar por tudo o que fazes passar,
Consegues ouvir os tambores da minha legião a tocar?
O que me vais dizer,
Quando diante de mim estiveres a padecer?
Vais implorar por perdão?
Nem sabe o prazer que me vai dar quando te arrancar o teu
coração!
Não posso perdoar quem me fez morrer,
Muito antes de eu nascer.
Um novo deus vai surgir,
E do teu reino a humanidade se vai rir.