Pela esperança iludido,
Nos sonhos perdido.
O mundo é preto e cinzento,
E eu de nada de novo acrescento.
Muitos não compreendem esta beleza,
A que dou o nome de tristeza.
E eu digo com a noção da realidade,
Ela torna-se na minha felicidade.
Sentimentos opostos,
Que por alguém me foram impostos.
Onde o horrível é belo e,
O belo é horrível.
Sou a alma da negação,
Aquela que faz a sua própria destruição.
As trevas sob mim caíram,
Os portões celestiais para mim nunca se abriram.
Sou um ser isolado,
Que a vida tem magoado.
Oh vida que nos meus lábios puseste o sabor do amargo,
Diz-me quando pela tua maldade vou ser abandonado?
Fazes de mim o errante,
Onde a dúvida é constante.
Por tua culpa apelei à morte,
E da faca já não sinto o corte.
Os meus gritos de ajuda são mudos,
E os espinhos no meu caminho são cada vez mais agudos.
Onde anda deus que me deixa passar por isto?
Será que ele sabe que eu existo?