segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Ódio II


Quando em mim o demónio acordar,

Pelo mal que me causas irás pagar,

Nada nem ninguém te vai poder ajudar,

Jamais te poderei perdoar,

 

O que fizeste?

Nem te apercebeste?

Para mim há muito que morreste,

Assim como o mundo na hora em que nasceste,

 

Nada te serve por perdão implorares,

Tu que sem hesitar o que havia de bom em mim mataste,

Dia após dia criaste um demónio,

Chegou então a altura de provares o meu ódio,

 

Nem sabes o prazer que vou ter,

Enquanto te vejo diante dos meus pés a morrer,

Enquanto estiveres na terra a apodrecer,

Juro-te que nem uma única lágrima irei verter,

 

Irei apenas gritar, Morre!,

Foste tu que depositaste em mim o ódio que me consome,

Esquece os teus sonhos,

Apenas irás ver o inferno nos meus olhos.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

sonho


As nuvens negras,

Envolvem-me nas trevas,

O meu “doce lar”

Que nunca me canso de admirar,

 

Largo tudo

E deposito a minha alma no submundo,

Sob a luz das velhas que iluminam a minha cripta,

Onde a minha mensagem está escrita,

 

Em cada estância,

Escondo os meus dilemas,

Do mundo anseio por distância,

E faço-o através dos meus sombrios poemas,

 

Sou onde a esperança é esquecida,

Onde a tristeza das divindades é depositada,

 Vós que na minha sepultura estais deitada,

Dizei-me porque por vós a minha poesia é recitada?

 

Quereis ser como eu?

Que por “amor” à escuridão tudo perdeu,

Conseguíeis ouvir a marcha fúnebre?

Porque um anjo como tu se entrega ao sentimento lúgubre?

 

Tal como um vampiro,

As sombras vão absorver,

A tua essência até ao ultimo suspiro,

Não posso deixar que tal possa acontecer,

 

Se os teus sonhos são frágeis,

Alegra-te ao saber que somos seres invejáveis,

Agora vai e luta pelos teus sonhos,

Peço-te que vejas o mundo com outros olhos.

  

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Ao anjo que me tocou:


Anjo que me tocaste,

Assim que o fizeste pecaste,

Outrora tal como tu também eu fui anjo,

Hoje nada mais me resta a não ser alegrar-me no meu pranto,

 

Do teu toque não me irei esquecer,

Diz-me demoras para voltar aparecer?

Das cinzas fizeste-me renascer,

Não ouses agora de a minha vida desaparecer,

 

Na aurora suspiro o teu nome,

Procuro por ti, o fogo que me consome,

No crepúsculo fecho os olhos,

Para que tu possas invadir os meus sonhos,

 

Sem ti tudo é triste,

Contigo apenas alegria existe,

A tua ausência faz o silêncio chorar,

Diz-me onde te posso encontrar?

 

Sem ti estou perdido!

Será que os deuses atendem o meu pedido?

O que tem eles reservado para mim?

A minha sorte terá chegado ao fim?

 

Na sepultura dos amantes,

Diariamente presto homenagem,

Jamais estaremos distantes,

Suplico a Vénus para que eu nunca esqueça a tua imagem,

 

A lua pergunta-me,

Porque eu e tu não podemos ser estrelas?

Não é concedido caminhar ao lado de criaturas belas!

O sol tal como Vénus ilude-me,

 

Cega-me, na minha procura,

Porém a vontade de te achar,

Na eternidade perdura,

E em mim a tua alma vai brilhar,

 

Quando os teus lábios tocarem nos meus,

Mesmo que isso possa irritar o teu deus,

Se fores punida, da minha vida direi adeus,

 

 

 

 

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Senhora do manto preto, apelo-te


Faz de mim o eterno renegado,

Pelo teu feitiço quero ser amaldiçoado,

Mal demais tenho causado,

Não devo de ser perdoado,

 

Que chova sob mim as mais tristes emoções,

Fustiga-me com mil raios e trovões,

Do mundo desejo ser esquecido,

Apelo-te para que eu seja crucificado no limbo,

Que esse seja o meu castigo,

 

Deixa-me dormir para sempre,

Ordeno-te que a dor nos meus sonhos seja presente,

Faz com a minha destruição seja constante,

Que lembrar-me de mim seja agoniante,

 

Não quero ser lembrado com saudade,

Mas sim como o sinónimo da infelicidade,

Com a vida devo de pagar a minha maldade,

Jamais em mim haja tranquilidade,

 

Senhora do manto preto, mata-me,

Com o veneno dos teus lábios, beija-me,

No teu peito quero dormir,

Para que aqueles que magoei possam-me punir,

 

Que o amor morra nos meus olhos,

Nada mais sou se não,

Um destruidor de sonhos,

Que as harpias devorem o meu negro coração.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Canto Do Corvo


A chuva cai,

O velho corvo diante da minha sepultura canta,

Mestre despertai!

A alegria do mundo está extinta

 

Volta a encantar o mundo,

Mostra o quanto o teu sentimento é profundo,

Pelo que esperas para enaltecer a beleza das trevas?

E ao mundo mortal mostrares as tuas doces lágrimas?

 

Tu o poeta do soturno,

E senhor do inferno,

Dá um sinal,

Que tu não és o mal,

 

Se os mortais soubessem,

Que tu na escuridão sofres,

Que é por ti que as rosas florescem,

Eles viriam pedir-te a cura para as suas dores,

 

Oh mestre, que na solidão,

Teimas em ficar,

Porque te condenas à maldição?

E choras a magoa que não te deixa despertar!

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Mortis Dominus


Sou o pecado,

Por Deus amaldiçoado,

Pelo Demónio glorificado,

Para vós mortais não tenho qualquer significado,

 

Senhor da morte,

Suplico-te para da tua foice sentir o corte,

Faz da minha agonia,

A tua sinfonia,

 

Faz em mim emergir a tristeza,

Para que eu possa na minha escrita contemplar a sua beleza,

Juntas das sepulturas quero escrever,

E o lamento dos poetas errantes absorver,

 

Podeis tirar o brilho do meu olhar,

Deixa-me ser o eterno viajante da estrada da dor,

Quero ser eu a semear,

No mundo mortal o terror,

 

Não me importo de ser devastado pela solidão,

Tão pouco de ser condenado à escuridão,

Desde que faças o meu inverno,

Ser eterno.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Visão


Eu vejo amor, eu vejo paixão,

Vejo as flores diante do meu caixão,

Nos seus olhos eu vejo emoção,

Na sua mente ela guarda a minha canção.

 

A nevoa inrompe pela minha sepultura,

Tráz  consigo o teu perfume

O que me leva à mais profunda loucura,

O teu toque causa em mim o mais bonito lume,

 

E por mais que me esteja a afastar,

Os sonhos vam-te buscar,

Hades ordena-me para nunca te abandonar,

Vénus ordena-me para te amar,

 

Morto ou vivo,

Na brisa da manha, noite eu sinto,

A tua prenseça,

Que mantem a esperança acesa,

 

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

OLÁ

Olá pessoal, eu tou bem só ando aterafado com a escola por isso nao tenho postado nada não esqueci de vocês, beijo

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Estás Ai?


Estas ai?

Seria maravilhoso saber que sim!

Pois preciso de ti aqui,

Não é o nosso fim,

 

Tu que na minha mente entraste sem avisar,

Diz-me se consegues viver sem para traz olhar?,

Por mais que a vida me diga para seguir o caminho,

Não quero viver sem ti, é o mesmo que no mundo estar sozinho,

 

Não há nada que eu possa dizer,

Tão pouco algo que eu possa fazer,

Foste vencida por o “veneno”,

Mesmo assim não te condeno,

 

Para mim não sorris mais,

Por muito que eu próprio me queira enganar,

Sem ti os meus dias não vão ser iguais,

Permite-me então que contigo possa sonhar,

 

Ate o dia partilha a minha dor,

Se olhares para o céu verás que esta ausente de cor,

Que te lembres que nunca trai a tua esperança,

Que a estrela mais brilhante te diga que ainda há esperança.

domingo, 21 de outubro de 2012

Gritos


Os meus gritos ecoam pelo mundo,

Quando por ti procuro e não te encontro,

O meu desejo abraçar-te nem que seja só por um segundo,

 E assim sentir o calor do teu corpo,

 

 

Por mais que te sinta, mesmo sem tocar-te,

Não basta só nos sonhos abraçar-te,

Embora as nossas almas “estejam distantes”,

Por ti sinto o que nunca por alguém senti antes,

 

Pudesses tu no meu doce versejar,

A minha alma achar,

Que ela à tua se pudesse entregar,

Tornarem-se numa só, e fizessem as estrelas brilhar,

 

Sabes que o amor não pode morrer,

Nada o pode deter,

Ninguém pode ser julgado por amar,

Ninguém pode ser impedido de por ele lutar,

 

É tão certo como a chuva que cai sobre mim agora,

Em cada gota sinto a tua presença,

Por isso desejo que não se vá embora,

Jamais deixes apagar a fogueira da nossa paixão,

Peço-te que a mantenhas para sempre acesa,

Guarda-me bem junto do teu coração.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

A felicidade que se esconde em ti


Devolve-me a alegria que me deste,

Vem e tira-me desta depressão,

Que noite após noite gela o meu frágil coração,

Nunca poderei abandonar o mundo harmonioso para o qual me trouxeste,

 

Peço desculpa se te magoei com a minha tristeza,

Desculpa por da alegria desprezar a beleza,

Caminhar contigo no éden é uma certeza,

És tu quem em mim mantém a chama do amor acesa,

 

Diz-me se te alegras,

Quando na aurora me vês nas flores a florescer?

Tu a quimera que em mim mil alegrias manifestas,

Eu não quero, não te posso por um único momento esquecer,

 

Basta uma palavra por ti dita,

Para este poeta triste sorrir,

É torno de ti que a minha alma orbita,

És tu quem das trevas me faz emergir,

 

No perfume que emana das flores eu vejo-te,

E nos meus sonhos sinto-te,

 Sonhar contigo, é desejar não acordar,

Não é a saudade, mas sim a alegria de te ter que me faz chorar,

 

Ao mundo o teu nome grito com alegria,

É em ti que encontro o caminho para a felicidade,

Acredita que és a única pessoa pela qual eu morria,

És o sol que brilha na minha tempestade.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Poeta da solidão


Tornei-me no poeta da solidão,

Aquele que contempla a escuridão,

Da magoa, da dor, sou escrivão,

Sou quem da esperança faz a sua ilusão,

 

Da morte sou adorador,

Sou-o porque me privaram do amor,

Choro a magoa e no inverno entrego-me à dor,

No meu peito a tragédia causa ardor,

 

No meu olhar agora só impera o vazio,

Nada mais existe,

Sou o poeta para quem deus nunca sorriu,

Aquele a quem a alegria deixa triste,

 

Sou eu que com a poesia,

Do ode cria a elegia,

E da elegia cria o ode,

É em mim que o sentimento da melancolia eclode,

 

Os poemas são as minhas lágrimas,

Onde sou livre de adorar as “trevas”,

Sou eu por quem o anjo caindo chorou,

Sou aquele que a esperança abandonou.

 

 

 

 

 

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Saudade II:


Hoje o dia chora comigo,

A tempestade na minha mente fala,

“Ela vai voltar Tiago”,

Mas de ti não oiço uma palavra,

 

Só peço um sinal,

Do que por nós vale a pena lutar,

Livra-me do mal,

Do nosso fim chorar,

 

A quem mais devo implorar?

Para que para ti possa voltar?

Viver sem ti, sem o teu olhar,

É um tormento que não posso mais suportar,

 

No teu coração só plantei amor,

Plantaste o mesmo no meu,

Desculpa mas não posso viver com dor,

Se for preciso desço ao inferno tal como fez Orfeu,

 

A saudade não me dá misericórdia,

Deixaste-me, e eu na solidão estou a cair,

O que faz de mim a mais triste tragédia,

Só tu o bom que há em mim podes extrair,

 

Nem deus pode saber,

Como acordo atormentado,

Não há nada que ele possa fazer,

Quando sei que não vais passar o dia ao meu lado,

 

Dia à dia a minha alma vive desolada,

E noite após noite lágrimas escuras derramo,

Por ti minha pessoa não ser mais acordada,

Porém jámais irei esquecer quem amo.

 

terça-feira, 16 de outubro de 2012


Não perturbem o meu descanso,

Só quando ela voltar,

Deixai-me só com o meu pranto,

Nada mais há no mundo que me possa alegrar,

 

Eu já não vivo,

Eu tento mas a sua essência já não sinto,

Foi naquele dia cinzento que morri,

Quando dela me despedi,

 

Então deixe-me o veneno beber,

Para que na amargura e solidão possa morrer,

Depositem o meu corpo diante das rosas negras,

Condenem a minha alma às trevas,

 

Sem ela eu fui condenado ao inferno,

A pena reflecte a minha agonia,

E a este espírito ordena que ela preencha as folhas do seu caderno,

Lembrando que não a terá um dia,

 

Pudera eu numa única lágrima,

Esquecer-me de tudo,

Ignorasse a minha lástima.

E pertencesse ao seu mundo.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Sono eterno:


Longos são dos dias sem te falar,

Cada um deles, um corte no meu corpo,

Não suporto essa tua ausência, que me faz a ilusão abraçar,

É como tudo no meu mundo estivesse morto,

 

É no meu sonho escuro,

Que pelo teu sorriso procuro,

Não o encontro,

E por isso faço da minha tumba o meu claustro,

 

Agora só desejo,

Da morte sentir o beijo,

Espero pelo dia que tu me acordes deste sono eterno,

Anseio que para ti eu nunca seja efémero

 

Senta-te na minha lápide fria,

Anda e faz-me um pouco de companhia,

Ordeno-te que te recordes de mim com alegria,

 

Sem ti aqui,

Ajoelho-me na solidão,

Uma vez mais no inferno caí

e por isso não quero sair do meu caixão.

 

 

sábado, 13 de outubro de 2012

Por um momento:


Que as nuvens te levem,

A minha mensagem,

Que o vento te entregue o meu suspiro,

Que ele te guie pelo denso nevoeiro,

 

Que me seja concedido no céu escrever,

Para que tu me possas ler,

Para te dizer que não existe fim,

Que só tu vives em mim,

 

Que as flores transpirem o teu perfume,

Que te digam que maior é a força que nos une,

Do que aquela que nos separa,

Porque a vontade de Vénus ninguém Pará,

 

Ordenei ao sol que te mostrasse o meu sorriso,

Que faças dele o teu paraíso,

Lembra-te quando olhares a lua,

Que a minha alma é tua,

 

Que o canto das aves te lembre, que eu não desisti,

Que a chuva te diga que eu estou aqui,

Que os deuses te provoquem a vontade de quereres comigo sonhar,

E despertem em ti a vontade de me abraçar.

 

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Vendetta


Por vossa culpa estou perdido,

Como ousaram em querer destruir-me?

Julgam mesmo ter conseguido?

Do vosso mal hei-de de vingar-me,

 

Acordaram o demónio que há em mim,

Outrora adormecido,

Lamento que tenha que ser assim,

É por vossa culpa que pelo sentimento de vingança sou corrompido,

 

O mal que me causaram só será pago com sangue,

Tal como a minha que a vossa dor seja constante,

As vossas almas desejo crucificar,

Nem mesmo deus da minha ira os pode salvar,

 

Tudo o que queria era a vossa bênção,

Nada mais,

Porém obrigaram-me a viver na escuridão

E eu vou fazer de vós meros servos infernais,

 

Serei o vosso inferno,

O vosso medo,

Que o vosso sofrimento seja eterno,

Jamais perdão vos concedo,

 

Eu terei a minha vingança,

Nesta ou na outra vida,

Percam a esperança,

De saldar a vossa divida,

 

 

E que as sombras que rodeiam o meu coração,

Sejam as mesmas que vos condenaram,

Que vocês apelem para morrer,

Assim como eu apelei quando me fizeram sofrer,

 

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Elegia Profunda


A tua imagem só me trouxe lágrimas,

A tua partida,

Um adeus meu à vida,

 Como podeis tu, no meu livro não escrever mais páginas?

 

Fosse me permitido por um momento,

Esquecer desta profunda elegia,

De mim não brotar qualquer sentimento,

Pois não quero viver, não posso viver em agonia,

 

 

Suspira o meu nome no lúgubre silêncio,

É o fim,

Para ti e para mim,

Agora só me resta viver em suplício,

 

O sonho morreu antes de nascer,

Não era a minha vontade,

Morrer, tão pouco esquecer,

Só queria abraçar a “tranquilidade”

 

 

Ainda não acredito neste destino cruel,

O possível,

Tende a tornar-se impossível,

Pudera eu traçar o meu fado neste papel.

 

Por mais que me possa doer,

Quando eu chamar por ti, não me respondas,

Quando eu implorar para me agarrares,

Promete-me que me ignoras?

 

Talvez possa eu um dia,

Na tua alma renascer,

Possa ser a tua magia,

Agora só resta um adeus, de um anjo negro que vai morrer.