sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Senhora do manto preto, apelo-te


Faz de mim o eterno renegado,

Pelo teu feitiço quero ser amaldiçoado,

Mal demais tenho causado,

Não devo de ser perdoado,

 

Que chova sob mim as mais tristes emoções,

Fustiga-me com mil raios e trovões,

Do mundo desejo ser esquecido,

Apelo-te para que eu seja crucificado no limbo,

Que esse seja o meu castigo,

 

Deixa-me dormir para sempre,

Ordeno-te que a dor nos meus sonhos seja presente,

Faz com a minha destruição seja constante,

Que lembrar-me de mim seja agoniante,

 

Não quero ser lembrado com saudade,

Mas sim como o sinónimo da infelicidade,

Com a vida devo de pagar a minha maldade,

Jamais em mim haja tranquilidade,

 

Senhora do manto preto, mata-me,

Com o veneno dos teus lábios, beija-me,

No teu peito quero dormir,

Para que aqueles que magoei possam-me punir,

 

Que o amor morra nos meus olhos,

Nada mais sou se não,

Um destruidor de sonhos,

Que as harpias devorem o meu negro coração.

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