segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Ao anjo que me tocou:


Anjo que me tocaste,

Assim que o fizeste pecaste,

Outrora tal como tu também eu fui anjo,

Hoje nada mais me resta a não ser alegrar-me no meu pranto,

 

Do teu toque não me irei esquecer,

Diz-me demoras para voltar aparecer?

Das cinzas fizeste-me renascer,

Não ouses agora de a minha vida desaparecer,

 

Na aurora suspiro o teu nome,

Procuro por ti, o fogo que me consome,

No crepúsculo fecho os olhos,

Para que tu possas invadir os meus sonhos,

 

Sem ti tudo é triste,

Contigo apenas alegria existe,

A tua ausência faz o silêncio chorar,

Diz-me onde te posso encontrar?

 

Sem ti estou perdido!

Será que os deuses atendem o meu pedido?

O que tem eles reservado para mim?

A minha sorte terá chegado ao fim?

 

Na sepultura dos amantes,

Diariamente presto homenagem,

Jamais estaremos distantes,

Suplico a Vénus para que eu nunca esqueça a tua imagem,

 

A lua pergunta-me,

Porque eu e tu não podemos ser estrelas?

Não é concedido caminhar ao lado de criaturas belas!

O sol tal como Vénus ilude-me,

 

Cega-me, na minha procura,

Porém a vontade de te achar,

Na eternidade perdura,

E em mim a tua alma vai brilhar,

 

Quando os teus lábios tocarem nos meus,

Mesmo que isso possa irritar o teu deus,

Se fores punida, da minha vida direi adeus,

 

 

 

 

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