quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Mortis Dominus


Sou o pecado,

Por Deus amaldiçoado,

Pelo Demónio glorificado,

Para vós mortais não tenho qualquer significado,

 

Senhor da morte,

Suplico-te para da tua foice sentir o corte,

Faz da minha agonia,

A tua sinfonia,

 

Faz em mim emergir a tristeza,

Para que eu possa na minha escrita contemplar a sua beleza,

Juntas das sepulturas quero escrever,

E o lamento dos poetas errantes absorver,

 

Podeis tirar o brilho do meu olhar,

Deixa-me ser o eterno viajante da estrada da dor,

Quero ser eu a semear,

No mundo mortal o terror,

 

Não me importo de ser devastado pela solidão,

Tão pouco de ser condenado à escuridão,

Desde que faças o meu inverno,

Ser eterno.

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