Tornei-me
no poeta da solidão,
Aquele
que contempla a escuridão,
Da
magoa, da dor, sou escrivão,
Sou
quem da esperança faz a sua ilusão,
Da
morte sou adorador,
Sou-o
porque me privaram do amor,
Choro
a magoa e no inverno entrego-me à dor,
No
meu peito a tragédia causa ardor,
No
meu olhar agora só impera o vazio,
Nada
mais existe,
Sou
o poeta para quem deus nunca sorriu,
Aquele
a quem a alegria deixa triste,
Sou
eu que com a poesia,
Do
ode cria a elegia,
E
da elegia cria o ode,
É
em mim que o sentimento da melancolia eclode,
Os
poemas são as minhas lágrimas,
Onde
sou livre de adorar as “trevas”,
Sou
eu por quem o anjo caindo chorou,
Sou
aquele que a esperança abandonou.
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