quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Poeta da solidão


Tornei-me no poeta da solidão,

Aquele que contempla a escuridão,

Da magoa, da dor, sou escrivão,

Sou quem da esperança faz a sua ilusão,

 

Da morte sou adorador,

Sou-o porque me privaram do amor,

Choro a magoa e no inverno entrego-me à dor,

No meu peito a tragédia causa ardor,

 

No meu olhar agora só impera o vazio,

Nada mais existe,

Sou o poeta para quem deus nunca sorriu,

Aquele a quem a alegria deixa triste,

 

Sou eu que com a poesia,

Do ode cria a elegia,

E da elegia cria o ode,

É em mim que o sentimento da melancolia eclode,

 

Os poemas são as minhas lágrimas,

Onde sou livre de adorar as “trevas”,

Sou eu por quem o anjo caindo chorou,

Sou aquele que a esperança abandonou.

 

 

 

 

 

Sem comentários:

Enviar um comentário