sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Speculum


Deitado na lapide dura e fria,

Vou cortando artéria por artéria.

Da vida não guardo, se não misérias.

De tanto querer viver, vivi apenas tragédias.

 

Eu sou onde a realidade,

Anda de mãos dadas com utopia,

De falsos deuses sempre obtive um silêncio constante,

Esperar uma resposta sua faz de mim um ser delirante.

 

Na tristeza encontro a minha paz interior,

Talvez seja ela a minha força superior.

A alegria não passa de uma quimera,

Que só semeia cólera.

 

Para a magoa crio serenatas,

Da mais profunda melancolia me torno diplomata.

Bebo o néctar das trevas,

A elas dedico todas as minhas letras.

 

Na vida eu tenho falhado!

No desfecho, tenho lamentado.

O lamento da tristeza é tudo para encontrar,

O caminho para voltar a sonhar!

Sem comentários:

Enviar um comentário