quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Das trevas, vem o lamento:


As flores murcham na sua cripta,

Os corvos guardam aquele que pela sua alma gémea grita,

Aquela mortal que por ele jamais será esquecida,

A mortal que sem o seu anjo no mundo ficou perdida.

 

Lágrimas e gritos ecoam pelo soturno jardim,

Uma vez mais a jovem viúva questiona-se porque partiste assim?

Solta um grito de dor sem fim,

“Tu sempre viverás em mim”

 

 

O anjo pede-lhe desculpa,

Na noite sussurra-lhe, não é tua a culpa,

Que eu desistisse da minha luta,

Não te abraçar é o que mais me custa.

 

Arrependo-me de ter “ceifado” a vida,

Que ao teu lado foi intensamente vivida,

No silêncio da noite eu choro,

Na fria solidão pelo teu corpo quente imploro.

 

Embora não me possas ver,

Na saudade posso renascer,

Mesmo morto dos perigos posso-te proteger,

Graças a ti que eu posso esta beleza transcender.

 

Lembra-te:

 

Eu vivo no teu olhar,

Até na morte me fazes sonhar,

Eu nunca vou deixar de te amar,

Nas rosas negras vais me encontrar.

  

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