quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Da vida nada levo:


Da vida nada levo, a não ser delírios,

Nem mesmo o sentimento, impede,

Que na minha campa murchem os belos lírios,

Não poder-te ver, deixa-me neste solo inerte.

 

Nada mais sou,

A não ser uma alma, por a saudade petrificada,

Que a mortalidade abandonou,

Na imortalidade na esperança vive aprisionada

 

É imenso o sofrimento,

Que os mortais bebem das minhas lágrimas,

Perco-me no momento,

Em que para ti bela mortal, na morte escrevo estas páginas.

 

Volto a perder-me no pensamento,

Sentado diante das flores murchas,

Absorvo a beleza do lamento,

Eu grito por ti, e tu não me escutas.

 

 

Sob a luz do luar,

Que ilumina o jardim soturno,

Possa eu contigo sonhar,

Para ti tornar-me no divino.

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