quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O renegado!






Agora toda a gente pode ver quem sou,

Sou alguém que o néctar infernal provou,

Sou aquele que o mundo chocou.

Sou aquele que em príncipe a noite transformou.



Vejo o inferno no meu olhar,

Mais uma vez “deus” vem-me provocar,

Com falsas promessas vem-me aliciar,

Porém o seu ópio não vou tomar.



Oh “deus” porque não morres?

Porque a minha essência consomes?

A tua morte ao mundo fará bem,

Assim já não magoas ninguém.



Sou a alma que deixaste vazia,

De me vingar de ti não vejo o dia.

Fizeste de mim o anjo renegado,

Que pelas trevas foi abençoado.



Com o teu sangue hei-de de brindar,

Com a tua carne hei-de de me alimentar,

Vais pagar por tudo o que fazes passar,

Consegues ouvir os tambores da minha legião a tocar?



O que me vais dizer,

Quando diante de mim estiveres a padecer?

Vais implorar por perdão?

Nem sabe o prazer que me vai dar quando te arrancar o teu coração!



Não posso perdoar quem me fez morrer,

Muito antes de eu nascer.

Um novo deus vai surgir,

E do teu reino a humanidade se vai rir.

2 comentários:

  1. Bela construção poética!!
    Parabéns, Tiago!!
    Sucesso sempre!!
    Beijos

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  2. Finalmente cheguei aqui...gostei de tudo o que li...e gosto muito mais ainda da tua pessoa, embora um pouco pessimista mas muito genuino...continua... e que "Alguém" lá de cima ilumine o teu caminho...porque tu mereces.
    Beijinhos da Mena

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