sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Anjo


Quem disse que o anjo caído,

Se tornou no demónio?

Esse anjo que caiu,

Para mim sorriu,

Para mim olhou,

E sem de mim nada saber,

A minha alma da “perdição” salvou,

Ao meu lado no Limbo caminhou.

Não tive escolha e por “ele” me apaixonei,

Mostrou-me que a vida não tem de ser feita de dor.

Muitas vezes comigo no meu sofrimento chorou,

Muitas vezes ao “paraíso”me elevou,

E mesmo eu pedindo que me deixa-se sozinho por momentos,

Nunca me abandonou.

Oh anjo que por mim zelas!

Porque te chamam demónio?

Porque não te dás ao mundo a conhecer?

Porque só a mim me deste esse prazer?

Promete-me que da minha vida não vais desaparecer!

Promete-me que és tu quem vai lá estar quando eu morrer!

Oh anjo deixa-me perguntar-te

Estou morto?

Nos meus sonhos tu respondes;

Não tenhas medo,

Quero que saibas que não estás morto!

Anjo deixa-me novamente algumas questões te fazer!

O meu pai consegue-me ouvir?

Será que ele me pode ajudar?

Não!

O teu pai não te pode ouvir,

E é impossível ele te poder acudir.

Só tu te podes ajudar!

Eu sou o anjo que a ele tua “alma” prometeu guardar!

Tiago por muito que te custe,

O mundo da tristeza por um momento vais ter que deixar,

Se não nem mesmo eu de lá te vou conseguir tirar,

E para um mundo  frio e sombrio contigo vais-me arrastar!

E ai não és tu mas sim eu que não vou aguentar!

Nos teus olhos vejo tristeza,

Mas também vejo uma réstia de alegria,

Por favor deixa que ela tome conta do teu dia!




quinta-feira, 22 de setembro de 2011

maldito espelho




O meu mundo esta a cair,

Tornei-me num ser frio,

No meu olhar impera o vazio.

Oh misterioso espelho!

Diz-me quem sou eu na verdade?

Porque não me mostras na realidade?

E  me condenas à falsidade?

Faz-me a magoa abraçar

E as lágrimas beijar.

No “inferno” faz-me sorrir

E no éden ferir,

Porque me fazes tantas vezes na dúvida cair?

Porque não me pões de novo a sorrir?

Oh espelho maldito!

Ao teu castigo estou condenado,

Graças a ti por mais acompanhado que esteja,

Sinto-me “abandonado”

No teu reino gelado o meu  verdadeiro “eu” fico aprisionado.

Oh maldito espelho porque não te quebras?

Quebra-te e no “falso”Tiago os teus vidros espeta.

Oh maldito espelho como te invejo.

Quando em ti me  vejo.

Tu que não te divulgas.

Só em pequenas imagens turvas,

Em ti já não consigo acreditar,

Nem sequer o meu reflexo consigo olhar,

Oh maldito espelho porque não te quebras?

Deixa-me ser eu a criar as minhas regras!

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

submundo




Quando a aurora dá lugar,

Ao doce e belo crepúsculo,

No jardim das almas mais uma vez o meu ser vai vaguear,

Ando milha atrás de milha sem saber o que vou encontrar,

De uma coisa eu tenho a certeza esta “sede” eu tenho de matar,

Sentado na tua lápide o luto eu vou chorar,

E o meu sorriso vai cessar.

Dos meus olhos lágrimas vão verter,

Por eu de ti me esquecer,

Para ti sempre irei os poemas escrever,

Mesmo que isso me faça um dia morrer,

Junto de ti quero eternamente adormecer.

Farei deste jardim o “luto dos amantes”

Em memória daqueles que os deuses consideraram “errantes”.

Tenho a amarga sensação que na “solidão”vou ficar,

E estranhamente é este o “estado” que quero abraçar.

Não caminhes mais, pára, escuta-me, e abraça-me!

Deixa-me cantar para ti como Dante para Beatriz cantou.

E quando as “trevas” sob ti caírem,

E os “anjos brancos” não te acudirem.

Eu o “anjo negro”,

Não vou deixar que tenhas medo.

Tua será a minha espada, teu será o meu escudo,

E tua alma salvarei do “submundo”

terça-feira, 20 de setembro de 2011

chuva da saudade


Finalmente tornas a aparecer demoraste mas,

E contigo o céu cinzento que tanto adoro trouxeste.



Por acréscimo a melancolia também veio,

Adoro-te ver te cair no passeio.



Minha eterna inspiração,

Só tu me consegues alegrar na minha “solidão”



O verão já vai a milhas e milhas de distância,

Espero que tu que pelos deuses foste criada venhas em abundância.



Adoro ver te e cair nas folhas do meu caderno,

Quem me dera que o teu tempo fosse eterno.

Traz contigo o vento,

Deixa-me contigo aproveitar o momento,

Contigo viajo no meu pensamento,

Quando tu chegas acaba-se o meu tormento,

Oh chuva bela e fria,

Vem fazer parte do meu dia.

Tu que fazes parte da “morte”

Dá me a mim a sorte,

De  sentir cada gota tua na minha face,

Não me abandones nesta fase.

Tu que foste atirada para o disfórico,

Não entendo como não te “entras” no bucólico.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

"o apelo"

oh Vénus manda o teu servo disparar o letal veneno em meu peito!
tenho o a preceito!
pelo que esperas?
agora importas te com as feridas que possas deixar abertas?
achas que me importo de caminhar nas trevas?

de mar em mar naveguei,
já em desespero te encontrei
por ti me encantei
mas nem nos meus sonho te beijei
oh deusa que me atormentaste
porque agora as tuas setas não disparaste?
apenas comigo brincaste.
não achas que já chega de humilhação,
porque me fazes viver na ilusão.
não te peço muito, apenas que me deixes viver,
e que todos os teus caprichos eu consiga de vez esquecer.
muitas vezes quis o teu "veneno",
embora tivesse de algum modo "sofrido", de nada me arrependo.

tu que a minha mente enlouqueceste!
entraste sem permissão,
aos poucos o meu "ser" endureceste.
envenenaste me o coração.

tornaste me de um certa maneira uma pessoa depressiva,
eu luto mas deste "modo" não encontro uma saída.
por vezes sinto que a minha pessoa por ti esta esquecida.
mas graças a ti sinto a minha "alma" enriquecida.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Desesperos da "Alma"

Sinceramente não sei o que escrever,
Mas sinto que o devo fazer.
Os dias tornam se anos, as horas dias,
Mas o pensamento, esse fica.
Fica a vontade de querer a “luz” encontrar,
Mas estranhamente na “escuridão”quero ficar.
A verdade é estou viciado na melancolia,
Mais uma vez passa a hora, passa o dia.
Eu não encontro nada que na minha “alma” que me alivia.
Oh deusa da sabedoria.
Dai-me armas para lidar com este sentimento, tão obscuro mas ao mesmo tempo tão belo.
Noites em “branco” eu passei,
E mesmo com ajuda as minhas magoas não curei.
E na verdade sinto que nunca me conhecerei,
Por mim muito eu lutei,
E por breves momentos da melancolia me afastei.
Mas na verdade muitas vezes da falta dela senti.
Oh deusa diz-me porque me deste este fado?
Diz-me que mal te causei?
Procura tantas respostas mas nunca as encontrei.
Por mil “tentações” me fizeste passar,
Diz-me quando me vais deixar repousar.
Na minha cripta escura e fria,
Quando me vais dar a “alegria”?
Por mim ardentemente desejada,
Sabes melhor que eu o quanto a minha “alma” esta magoada.
Mesmo assim comprazer do teu trono tu assistes,
E por mim não fazes nada.
Porque me castigas?
Porque de mim não abdicas?