O corte, a dor,
O sangue escorre-lhe pelos
pulsos,
A vida despede-se do anjo
perdedor.
O seu coração dá os seus últimos
impulsos.
O escuro é gélido e
constante,
O seu ultimo grito
acutilante,
A melodia da sua voz
torna-se cessante,
E a sua vida nada mais foi
se não mirabolante.
As suas feridas de mortal
foram saradas,
Porém as feridas da sua
alma jamais serão curadas.
No ultimo momento de
lucidez,
Consegue ver o mal que o “dia”
lhe fez
À solidão é condenado,
Pela armargura arrastado,
Uma vez mais pela alegria
devastado,
Pela mágoa consolado.
Tornou-se no poeta
errante,
De olhar penetrante,
Com um ar arrepiante,
Sempre do mundo distante.