sexta-feira, 17 de abril de 2020

Nada dura para sempre

Outrora fui a alegria de uma criança qualquer, o seu companheiro, confidente, o seu guardião durante a noite, fomos inseparáveis. Hoje jazo nesta terra enquanto a chuva acelera a decomposição do meu, já não tenho as cores de antes o sorriso que sempre tive vai desaparecendo de dia para dia, logo o solo vai me engolir e com cada tarde eu vou deixando este mundo perguntando-me; O porquê? De ter sido abandonado, talvez me tivessem perdido, porque não me procuram? Não teria eu utilidade diante de outra criança e fazê-la feliz como fiz esta que me perdeu ou abandonou? Hoje o dia acompanha o meu sentimento soturno o céu esta cinzento e chora e eu aqui ficarei deitado na terra ate que um dia só reste um pouco de mim, porém mesmo assim ainda conservo o sorriso.

segunda-feira, 18 de março de 2013

nao



Não, recuso-me,
A acreditar que é o fim,
Enfeitiça-me, mata-me,
Se tiver que ser assim,


quinta-feira, 14 de março de 2013

regresso



Volta a mim o sorriso,
Do qual fiz o meu paraíso,
O pequeno deus travesso,
Traz-me pura “magia” no seu regresso,

Oh cupido,
Outrora pensava ser esquecido,
Hoje o escolhido,
Amanha o errante mas nunca arrependido,
Por a ter conhecido,

Calem-se os céus,
 E que só os meus lábios sejam seus,
Que os seus sejam só meus,
Com ou sem a vontade de deus,

Pertenço-te a ti,
E tu a mim,
Mentiria se disse que te esqueci,
Tal acção seria o meu fim,

terça-feira, 12 de março de 2013

AINDA ANSEIO:




Embora o teu silêncio seja constante,
Mesmo que de ti esteja distante,
Por mais que a vida me possa trair,
És tu a razão do meu existir,

Será que ainda me procuras nas estrelas?
Certamente que não,
As nossas vidas há muito que deixaram de ser paralelas,
E eu só anseio pelo teu perdão,


A saudade irrompe,
Como irrompe a trovoada pelas nuvens,
 Continuo a escrever para quem não liga as minhas mensagens,
Nunca esquecerei aquele olhar penetrante,


Vagueio por um caminho incerto,
Onde a saudade faz o longe parecer perto,
A estrada tenebrosa onde o perdão não aparece,
Lugar onde a esperança padece,

Todas as noites eu digo:

Anda
vamos dar um passeio,
Verás que sou quem o teu canta,
Pelo calor do teu corpo ainda anseio.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

revolta


Os corvos cantam,

Enquanto as bruxas ao som do seu canto dançam,

As almas por entre as putrefactas arvores vagueiam,

Os mortais o seu luto choram,

 

O nevoeiro irrompe por entre as sepulturas,

Vem receber o anjo que caiu das alturas,

O anjo que se revoltou,

Assim quando da mentira acordou,

 

O reino do “céu” amaldiçoou,

E vingança jurou,

Agora o céu vive com medo,

Dos males do anjo negro,

 

O pecado na terra foi libertado,                                       

E deus no céu vive desolado,

Sabe que o seu fim está próximo,

Será morto pelo seu antigo amigo intimo,

 

É a vitória das trevas,

Sob a luz,

Os adoradores da mentiram que derramem as suas lágrimas,

Enquanto o seu deus é pregado na cruz.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Ódio II


Quando em mim o demónio acordar,

Pelo mal que me causas irás pagar,

Nada nem ninguém te vai poder ajudar,

Jamais te poderei perdoar,

 

O que fizeste?

Nem te apercebeste?

Para mim há muito que morreste,

Assim como o mundo na hora em que nasceste,

 

Nada te serve por perdão implorares,

Tu que sem hesitar o que havia de bom em mim mataste,

Dia após dia criaste um demónio,

Chegou então a altura de provares o meu ódio,

 

Nem sabes o prazer que vou ter,

Enquanto te vejo diante dos meus pés a morrer,

Enquanto estiveres na terra a apodrecer,

Juro-te que nem uma única lágrima irei verter,

 

Irei apenas gritar, Morre!,

Foste tu que depositaste em mim o ódio que me consome,

Esquece os teus sonhos,

Apenas irás ver o inferno nos meus olhos.