Embora o teu silêncio seja
constante,
Mesmo que de ti esteja
distante,
Por mais que a vida me
possa trair,
És tu a razão do meu
existir,
Será que ainda me procuras
nas estrelas?
Certamente que não,
As nossas vidas há muito
que deixaram de ser paralelas,
E eu só anseio pelo teu
perdão,
A saudade irrompe,
Como irrompe a trovoada
pelas nuvens,
Continuo a escrever para quem não liga as
minhas mensagens,
Nunca esquecerei aquele
olhar penetrante,
Vagueio por um caminho
incerto,
Onde a saudade faz o longe
parecer perto,
A estrada tenebrosa onde o
perdão não aparece,
Lugar onde a esperança
padece,
Todas as noites eu digo:
Anda
vamos dar um passeio,
Verás que sou quem o teu
canta,
Pelo calor do teu corpo
ainda anseio.