Toma-me
nas tuas mãos,
Afasta-me
das ilusões.
Faz
desprezar a triste melodia,
Faz
querer-me abraçar contigo a alegria.
Como
os anjos num fogo cruzado,
Faz
de mim o teu ser amado.
Faz-me
de mim o melhor,
Faz
esquecer o que em mim há de pior.
Apelo
a Vénus,
Para
que teu seja o meu coração,
Oh
deusa que me atormentaste desta vez não me faças viver uma desilusão.
Vê
peço-te pouco, apenas um beijo,
Concede-me
este meu desejo
Faz
de mim o Orfeu,
Garanto-te
que ninguém a ama como eu.
Por
ela eu desço ao submundo,
Sem
ela o meu mundo torna-se soturno.
Oh
deusa porque me deixas neste estado,
Longe
daquela por quem sou amado,
Eu
que por ti que sempre fui envenenado,
Diz-me
não está na altura de eu ser por ti abençoado?
Por
ela lágrimas de ferro a Plutão arrancarei,
Todo
o inferno com a minha poesia eu comoverei,
Se
tal for preciso por ela morrerei,
Não
duvides que por ela eu sempre lutarei.
Não
sou nenhum anjo,
Mas
esta saudade causa-me enorme pranto,
Sofrimento,
aos menos peço-te que eu para ela não caia no esquecimento,
Não
existe maior dor que esta,
Agora
eu te digo que ela é a pessoa certa.
Nesta
minha triste vida,
Com
ela para sempre estarei em divida,
Devolveu-me
o sorriso,
Que
um dia tu ceifaste,
Agora
voltaste,
E
tencionas acabar com o meu paraíso.