Neste dia cinzento,
Devo confessar que já não aguento.
Estou cansado,
E pelo passado e presente sou desolado.
Escondo-me na escrita,
Envolvendo-me nas sombras da minha cripta.
As “trevas” rodeiam-me,
Os deuses do terror veneram-me.
Faço do caderno o meu escudo,
Os lamento do mundo eu já não escuto.
A caneta é a minha espada,
Só isso basta não preciso de mais nada.
Não ter medo,
É este o segredo.
Para entender o sabor do fel da vida,
Ao sermos verdadeiros nunca estaremos em divida.
Foi assim que aprendi,
O amargo da vida compreendi.
Não sou um iluminado,
Sou um simples mortal que pelos deuses é fustigado.